segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Visitas e Comentários

Quanto na verdade importa a um blogueiro as visitas e os comentários?

Me parece que, a realidade é de muitas visitas e poucos comentários, será isso uma situação geral?

Assumo, visitei vários blogs hoje, li e vi várias coisas interessantes, mas não comentei...

Como este assunto te afeta? Tem alguma dica?

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O discurso, o sujeito e a História em A Arqueologia do Saber

O discurso, o sujeito e a História em A Arqueologia do Saber
Foucault e Pêcheux na Análise do Discurso – Diálogos e Duelos
Maria do Rosário Gregolin

...Foucault traz com efeito a centralidade da relação entre práticas discursivas e a produção histórica dos sentidos.Ele quer afirmar que o objetivo do método arqueológico é definir não os pensamentos, as representações, as imagens, os temas, as obsessões que se ocultam ou se manifestam nos discursos, mas os próprios discursos, enquanto práticas que obedecem a regras.
A arqueologia procura apanhar o sentido do discurso em sua dimensão de acontecimento: cada palavra, cada texto, por mais que se aproxime de outras palavras e textos, nunca são idênticos aos que o precedem.

Trata-se de investigar “porque determinado enunciado apareceu e nenhum outro em seu lugar”, isto é, porque tal enunciado é um acontecimento na ordem do saber. Por isso, é preciso afastar categorias tranqüilizadoras – que dão uma aparente unidade e continuidade.

A DESCONTINUIDADE é, ao mesmo tempo, conceito, operação deliberada e resultado de descrição. Instrumento e objeto de pesquisa, ela permite ao historiador transformar os documentos em monumentos.

A discussão do conceito de “história” e sua relação com o método arqueológico é central em A Arqueologia do Saber, e dessa articulação derivam seus principais conceitos ligados à teoria do discurso:

a) a noção de acontecimento discursivo: O afastamento de noções utilizadas pela História tradicional (continuidade, linearidade, causalidade, soberania do sujeito) e a afirmação dos conceitos da “nova História” (descontinuidade, ruptura, limiar, limite, série, transformação) estão na base da proposta foucaultiana para análise do discurso...
Foucault propõe entender os acontecimentos discursivos que possibilitam o estabelecimento e a cristalização de certos objetos em nossa cultura....enxerga no enunciado, uma articulação dialética entre singularidade e repetição: “de um lado, ele é um gesto; de outro, liga-se a uma memória, tem uma materialidade; é único mas está aberto à repetição e se liga ao passado e ao futuro.”

b) o conceito de enunciado: Pensando-o como uma função, Foucault descreve o enunciado a partir de oposições com outras unidades – frase, proposição, atos de fala ...
Foucault mostra que o que torna uma frase, uma proposição, um ato de fala em enunciado é justamente a função enunciativa: o fato de ele ser produzido por um sujeito em um lugar institucional, determinado por regras sócio-históricas que definem e possibilitam que ele seja enunciado.
...pois entre o enunciado e o que ele enuncia não há apenas relação gramatical, lógica ou semântica; há uma relação que envolve os sujeitos, que passa pela História, que envolve a própria materialidade do enunciado.

c) a formação discursiva: sendo o enunciado dialeticamente constituído pela singularidade e pela repetição, a sua análise deve, necessariamente, levar em conta a disperção e a regularidade dos sentidos que se produzem pelo fato de terem sido realizados.
“ Sempre que se puder descrever, entre um certo número de enunciados, semelhante sistema de dispersão e se puder definir uma regularidade ( uma ordem, correlações, posições, funcionamentos, transformações) entre os objetos, os tipos de enunciação, os conceitos, as escolhas temáticas, teremos uma formação discursiva”

Foucault propõe que as dimensões próprias do enunciado sejam utilizadas na demarcação das formações discursivas...

...a conceituação tem caráter teórico-metodológico e institui o território da História como campo das formações discursivas: nelas se encontram o discurso, o sujeito e o sentido...

Todas estas questões deveriam me ajudar a compreender as práticas discursivas que irrompem dos enunciados dos blogs educativos, e assim responder ou compreender melhor o “sujeito professor” atravessado pelas maneiras de interagir exigidas nos meios tecnológicos de informação e comunicação do mundo atual.
O que realmente surge de novo nestas práticas em função do dinamismo acentuado do mundo midiático, mas precisamente do ciberespaço?

O que ciberespaço? E mundo midiático?

Hei, viajante! Pode me ajudar?
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